Seminário internacional destaca inovações da Aesa no enfrentamento das mudanças climáticas e gestão hídrica

A Agência Executiva de Gestão de Águas da Paraíba (Aesa) integrou a programação do Seminário Internacional Clima, Recursos Hídricos e Planejamento (Sincrep), realizado na última semana, em Campina Grande. O evento reuniu especialistas e acadêmicos para discutir soluções sustentáveis no enfrentamento às mudanças climáticas. Os representantes da Aesa apresentaram contribuições fundamentais para a gestão hídrica no estado, ressaltando o papel da Agência e a importância das ações governamentais no combate à crise hídrica. O meteorologista da Aesa, Lindenberg Lucena, abordou os efeitos de fenômenos climáticos, como El Niño e La Niña, e os desafios da variabilidade climática na Paraíba. Com base em dados locais, ele detalhou os impactos sazonais em setores como agricultura e saúde pública, destacando a necessidade de adaptação e planejamento. As inovações tecnológicas implementadas pela Aesa, como as estações meteorológicas automáticas e uma rede com 474 pontos de monitoramento, foram apresentadas como elementos-chave para a previsão climática e o suporte a decisões estratégicas. O Sistema Estadual de Informações de Riscos Agrohidroclimáticos (Seira) se destacou como uma ferramenta crucial para o planejamento e a gestão climática no estado. A subgerente de Planos, Larissa Freitas, explicou como o sistema integra dados de diversas fontes para mapear riscos agrícolas e climáticos, permitindo intervenções rápidas e eficazes. “O Seira é essencial para prever riscos e adotar medidas preventivas com agilidade”, afirmou. Além das contribuições locais, o evento contou com palestras de especialistas de instituições renomadas, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), universidades brasileiras e internacionais, e representantes de organizações hídricas de Espanha e Portugal. Essa troca de experiências proporcionou um panorama abrangente sobre as melhores práticas de gestão e a cooperação internacional frente aos desafios climáticos e à escassez de água.
AUDIÊNCIAS PÚBLICAS FORTALECEM A GESTÃO DA BACIA DO RIO PARAÍBA

Para promover a gestão participativa e a preservação dos recursos hídricos, o Governo do Estado da Paraíba, por meio da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), realizou uma série de audiências públicas nas cidades de Itabaiana (baixo Paraíba), Campina Grande (médio Paraíba) e Monteiro (alto Paraíba), nesta última semana. Centenas de usuários da bacia do Rio Paraíba participaram e contribuíram com os debates. O projeto foi executado em parceria com a Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos (Cobrape), contratada pela Secretaria da Infraestrutura e dos Recursos Hídricos (Seirh) para elaborar um estudo detalhado e um novo diagnóstico do Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paraíba. A iniciativa foi financiada pelo Banco Mundial. Com uma área de cerca de 20 mil km², a bacia do Rio Paraíba cobre aproximadamente 38% do território paraibano e abastece 1,8 milhão de habitantes, representando 52% da população do estado. A bacia é vital para o semiárido nordestino, garantindo água para atividades essenciais, como agricultura, pesca e abastecimento humano. No entanto, a região ainda enfrenta desafios significativos, especialmente em períodos de estiagem prolongada, o que reforça a necessidade de um plano estratégico robusto. Durante as audiências, o diagnóstico preliminar da bacia foi apresentado à comunidade, com destaque para relatórios técnicos, gráficos e mapas que ilustram a situação atual dos recursos hídricos da região. Essas apresentações visaram coletar contribuições que ajudem a refinar essa análise. Para o diretor de Gestão e Apoio Estratégico da Aesa e gestor do plano, Waldemir Azevedo, o objetivo é ter um diagnóstico mais próximo da realidade da bacia. “Queremos entender a bacia que temos, para, a partir daí, traçarmos o caminho rumo à bacia que desejamos. Com as contribuições colhidas em Itabaiana, Campina Grande e Monteiro, teremos um panorama mais fiel, permitindo que o relatório final aponte de forma clara as necessidades para uma gestão hídrica eficiente, garantindo o uso saudável e equitativo da água”, afirmou Azevedo. Participação ativa e inclusiva – As audiências públicas atraíram a participação de diversos segmentos da sociedade, desde membros da comunidade até acadêmicos e representantes de órgãos públicos. A estudante de pós-graduação em Engenharia Civil e Ambiental da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Luana Alves dos Santos, esteve presente na audiência e ressaltou a relevância da participação acadêmica nesse processo. “A presença da academia, dos usuários e da comunidade é essencial para identificar áreas críticas e definir prioridades para uma gestão mais eficaz dos recursos hídricos. É importante que os jovens se envolvam, pois esses planos são voltados para o nosso futuro, e seremos nós os responsáveis pela gestão desses recursos nos próximos anos”, destacou. Próximos passos: Consolidação das contribuições e prognóstico – O Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paraíba está estruturado em etapas, que incluem o diagnóstico, prognóstico, planejamento estratégico e consultas públicas. Após as audiências, o próximo passo será a consolidação das sugestões recebidas, que serão analisadas para refinar as diretrizes e estratégias do plano. O objetivo é integrar as contribuições da sociedade no documento final, que servirá como guia para a gestão sustentável da bacia. Para ampliar a participação popular, a Aesa também disponibiliza um portal online (www.planorioparaiba.com.br), onde a sociedade pode continuar contribuindo com sugestões e informações adicionais.
CAMPANHA DE REGULARIZAÇÃO NO CANAL ACAUÃ-ARAÇAGI

A Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa) realizou uma campanha de regularização do uso da água no canal Acauã-Araçagi, no município de Sobrado. A ação, que contou com a participação de cerca de 35 agricultores, teve como foco orientar os usuários sobre a importância de regularizar suas captações de água. Com essa iniciativa, a Aesa busca garantir o uso sustentável dos recursos hídricos, promovendo a preservação do canal.